Medo

O medo e as escolhas

É fato que todos sentimos algum tipo de medo, em maior ou menor proporção, eles são perfeitamente normais quando vem de estímulos reais de ameaça à vida, pois nada mais é que uma reação de proteção e autopreservação relacionado ao nosso instinto de sobrevivência (cérebro reptiliano).

Quer saber como o cérebro reptiliano se comporta diante de um estímulo relacionado ao medo?

A neurociência explica que o medo que ocorre diante de uma situação de pressão ou risco pode nos trazer basicamente três tipos de reação fuga, ataque ou paralisia. Este mecanismo neuro-hormonal é fundamental para a sobrevivência humana diante de perigos ou situações reais de risco.

Clique na imagem para ampliar.

Fluxo Reptilianov2

Quer saber o que acontece com nosso corpo em situação de alerta?

Ao receber um estímulo que nos deixe em situação de alerta, nosso corpo se preparar para reagir e agir rapidamente (0,5 segundos) afim de garantir nossa sobrevivência, pois o cérebro entende que precisamos nos defender.

Um ou mais fenômenos abaixo podem ocorrer:

  • Pupilas dilatadas
  • Inibição do sono
  • Estado de atenção plena
  • Boca seca
  • Estômago altera funcionamento.
  • Intestino se estiver cheio libera.
  • Aumenta a transpiração.
  • Alteração do padrão da respiração
  • Os vasos sanguíneos se comprimem e dilatam desviando o sangue para locais mais importantes, como por exemplo:
    • Diminui o sangue no sistema digestório e aumenta nos músculos, por isto ao sentir medo sentimos aquela sensação de frio na barriga.
    • Diminui o sangue no rosto, por isto pessoas com medo ficam pálidas, assim o sangue é desviado para estimular as glândulas que liberam hormônios como adrenalina e cortisol que aumenta o batimento e eficiência cardíaca.

E os medos imaginários o famoso “E se” ….

Medos imaginários, são aqueles criados dentro da própria cabeça, e que nem estão ocorrendo de verdade, o famoso “Se”.  Estes medos podem evitar que até o melhor plano de ação não seja executado, pois diante dos desafios a pessoa trava e não realiza.

Se o cérebro é condicionado a viver “com medo”, estaremos constantemente tendo reações de fuga ou ataque e este comportamento restringe o desenvolvimento do potencial humano.

Como já vimos nosso corpo se prepara para reagir e neste momento também ocorre a queda nos níveis de serotonina e endorfina o que provoca aumento da irritabilidade, comportamentos agressivos, aumento do estresse e ansiedade, entre outros efeitos.

Como exemplo temos medo de falar em público, medo de não ser amada, de fracassar, ser julgado, doenças, receber um “não”, lugares fechados, voar, escuro etc. Estes medos geram comportamentos indesejados como a irritação com o chefe, o “branco na hora da prova”, brigas sem motivo, a auto sabotagem que é a fuga das oportunidades.

Como eliminar os medos desnecessários?

O cérebro não distingue o que é real do que é imaginário, por isto a importância de ter cuidado com o que pensamos, como descrito no texto sobre sintonia. Se, ao pensar em algo a ser realizado você criar na mente medos de não conseguir, medo da exposição, medo das críticas, medo de ser julgado, você estará intoxicando o cérebro desta percepção e produzirá hormônios que realmente o limitarão.

Estes medos imaginários podem ser modificados e transformados em outros sentimentos e percepções. Uma poderosa maneira de controle do medo é bombardear o cérebro de informações do que queremos e não do que não queremos (neuroplasticidade).

Não deixe o medo interferir na qualidade das suas escolhas. Use o medo a seu favor transformando-o em cautela, e a cautela em sabedoria de agir. Assim poderá recuperar a crença em si mesmo, principalmente de merecimento.

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