Neurociência da mudança
É possível treinar seu cérebro para hábitos melhores?
A neurociência explica que a maioria das nossas ações diárias estão no piloto automático, este é um jeito inteligente que o cérebro usa para economizar nossa energia, pensando na nossa sobrevivência.
Se os seus hábitos estão relacionados com seus comportamentos, ele molda quem você é por consequência como o outro enxerga você.
Mudar um hábito então é voltar a refletir sobre as suas escolhas, e sim, mudar quem você é permitindo novas conexões neurais. Você já devem ter escutado e/ou lido que para uma mudança para ser efetiva e duradoura ela precisa se tornar seu estilo de vida.
Os hábitos são encontrados em uma área do cérebro chamada gânglio basal. Ao repetir ações, um padrão neuronal específico é estimulado e se fortalece em seu cérebro. Estas conexões neurais são formadas com base nas suas experiências, ações, hábitos e comportamentos que são repetidos com frequência, então para mudar um hábito é preciso treinar seu cérebro. Esta capacidade adaptativa é chamada de neuroplasticidade.
Ao decidir adotar um novo comportamento é preciso que o cérebro pensante (córtex pré-frontal), receba informações do esforço consciente, o propósito e o processo que irá realizar. Depois de algum tempo repetindo este comportamento novas conexões serão fortalecidas no cérebro então passará a exigir menos esforço, pois se torna um padrão.
Entusiasmo é comum. Comprometimento é raro!
Em uma pesquisa feita pelo Journal of Clinical Psychology, aproximadamente 54% das pessoas que decidiram mudar seus hábitos não conseguiram fazer a transformação durar mais do que seis meses, e a pessoa média fez a mesma resolução de vida 10 vezes sem sucesso.
Porque não conseguimos nos comprometer?
- Falta propósito: Se não está claro o porquê estamos mudando e as recompensas,será mais fácil procrastinar ou desistir.
- Falta apoio: Ao decidir mudar, mudamos também nosso meio e muitos podem se incomodar por ter que mudar junto, por isto é comum que sejamos julgados. É importante ter paciência e deixar que o outro tenha tempo para refletir, muitas vezes a recusa de início é medo.
- Medo da mudança
- Medo da perda: Perder algo financeiro, relacional ou mesmo o de perder a pessoa que você é hoje. Ou seja, se comprometer.
- Medo de passar pelo processo: Lidar com o ônus das escolhas. Ou seja, ter paciência.
- Medo do resultado: Se comprometer com as mudanças que o levaram a determinado resultado ou de não merecer. Ou seja, manter a consistência.
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